domingo, 23 de novembro de 2008

África Minha


O arquipélago moçambicano das Quirimbas é um dos segredos mais bem guardados de África.
Escondidas nos confins da fronteira com a Tanzânia, as ilhas só podem ter sido criadas por fadas. Têm o efeito de varinha mágica: enfeitiçam qualquer um que aqui tenha posto os pés. E a alma.
Ao explorar a ilha Matemo, descobrimos vistas refrescantes - areia branquinha como pó de talco, centenas de búzios e conchas despojadas dos seus habitantes originais, um mar de azuis que apenas desconfiava só existirem em sonhos, palmeiras repletas de cocos cujas folhas nem buliam. E o silêncio. A praia mais bonita da ilha está em frente ao Matemo Island Resort. E não é por acaso - foi uma escolha criteriosa do senhor Adel Aujan, um saudita que vive no Dubai e que decidiu apostar no desenvolvimento turístico de Moçambique. Deslumbrou-se definitivamente quando descobriu as Quirimbas. Comprou duas ilhas - Matemo e Medjumbe - e pensa comprar outras tantas em breve.
Aqui, uma ida obrigatória, é rumo à ilha do Ibo. Em 45 minutos, a lancha cumpre a distância - de dhow, a típica embarcação, a travessia pode durar seis horas, consoante os ventos e as marés - e, logo à chegada, é-se confrontado com uma realidade diferente, que pouco tem a ver com o resto do arquipélago. Ibo é um lugar mítico da portugalidade.

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