quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Testemunho: os falsos recibos verdes e o peso da dívida injusta à Segurança Social

«Sou licenciada em Cardiopneumologia. Desde de Julho de 2005 que trabalho ou seja trabalhava na empresa "Clínica UNIMED" que foi à falência. Nessa Clínica Unimed Entrecampos como referi trabalhei desde Julho de 2005 e falsos Recibos Verdes uma vez que trabalhei sempre lá, fazendo exames médicos, sempre com o mesmo horário e neste período de tempo com o mesmo salário.
Agora a que a clínica foi à falência eu e os meus colegas com recibo verde, ficamos sem nada...nem indemnização, nem subsidio de desemprego.... Também tenho uma divida à segurança social, uma vez que não consigo com as despesas e com aquilo que ganhava não dava para pagar.
Eu quando me inscrevi na Segurança Social (SS) fiquei um ano isenta de pagamento, como todas as pessoas, no ano seguinte como não recebia informação de pagamento e mesmo pondo o meu nº da SS no multibanco não dava nenhuma informação, dirigi-me à SS do Areeiro e lá a funcionaria disse que não constava o meu nome...diziam que não estava inscrita, isto depois de enviarem 2 vezes os papéis (uma delas dizendo Urgente) da SS de Lisboa para SS de Setúbal uma vez que a minha área de residência pertence a Setúbal, para me inscreverem.
Passado uns tempos como não tinha informação para o pagamento, a minha mãe conseguiu telefonar directamente para a SS de Setúbal e expus a situação, quando o espanto dela que responderam que tinham os papéis à frente e que iam já me inscrever. Depois decidi ir à SS de Setúbal e falei directamente com a responsável e disse-lhe que pagava o ano que passou de contribuições, mas que não pagava os juros pois eles é que demoram quase um ano para me inscrever. Resposta da funcionaria foi " que tinha que pagar os juros, porque elas não tem culpa, tem muito trabalho e não conseguem inscrever as pessoas a tempo e que eu devia ter telefonado mais cedo para exigir a minha inscrição..." e eu a pensar que bastava dirigir-me a SS e entregar os papeis... mas não, também temos que telefonar para a SS e exigir que façam o trabalho...
Peço o meu anonimato, mas tinha que transmitir esta situação, pois existe sempre uma revolta, estou em casa sem subsidio de desemprego com uma filha de 10 meses, trabalhei para uma empresa mais de 4 anos e a pessoa não vê nada, continuam a deixar as empresas ir assim à falência com bastante trabalho... A pessoa enquanto trabalha não refere nada porque facilmente nos mandam embora.»

Publicada por Precários Inflexíveis
Etiquetas: testemunhos

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

XIII Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular


Localização: Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel - Albufeira
Data: 26 de Novembro a 28 de Novembro de 2009

Realiza-se, nos dias 26, 27 e 28 de Novembro de 2009, no Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel - Albufeira, a XIII Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular. Em simultâneo, decorrerá a Reunião conjunta com a Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear.

Serão abordados os seguintes temas:
Cirurgia do Arco Aórtico;
Imagiologia Cárdio-Torácica e Vascular;
Patologia das Grandes Veias;
Tromboembolias e Hipertensão Pulmonar.

Esta reunião é constituída por um workshop intitulado “Planeamento de Cirurgia Endo-vascular” e um simpósio para enfermeiros e técnicos de Cardiopneumologia.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Médicos debatem tratamento das doenças cardiovasculares em Santarém

O Serviço de Cardiologia do Hospital de Santarém está a promover as XV Jornadas de Cardiologia de Santarém, multidisciplinares, com a participação de médicos, técnicos, enfermeiros e doentes, nos próximos dias 30 e 31 de Outubro, no Marriott Golf & Beach Resort Hotel, na Praia D´El Rei.


De acordo com o Dr. Vítor Martins, cardiologista e responsável pela Unidade de Pacing e Arritmologia do Hospital de Santarém “estas jornadas têm como objectivo principal a partilha de conhecimentos entre os profissionais de saúde, de forma a obter melhores resultados na prevenção e tratamento dos doentes com problemas de coração e assim a salvar vidas”.

O médico acrescenta ainda que “o Hospital de Santarém assinala agora os dez anos desde que colocou o primeiro pacemaker e, até ao momento, já foram tratados 2300 pacientes. Nas Jornadas contaremos com a presença do primeiro doente tratado que dará o seu testemunho.”

Entre os temas a ser debatidos destaque para a relação entre o desporto e os problemas de coração, a doença cardíaca no idoso e a síndroma metabólico e diabetes. Os enfermeiros que participem nas jornadas terão igualmente acesso a um workshop gratuito sobre suporte avançado de vida, de forma a aprender como salvar vidas em caso de paragem cardíaca. Os técnicos de cardiopneumologia discutirão inovações em pacing cardíaco em que se salienta a possibilidade de ressonância magnética em portadores de pacemakers.

Vilamoura recebe V Jornadas de Cardiologia do Algarve

O Serviço de Cardiologia do Hospital de Faro promove nos próximos dias 5 e 6 de Novembro, no Hotel Hilton, em Vilamoura, as V Jornadas de Cardiologia do Algarve.

O evento, que reúne conceituados especialistas nacionais e internacionais, tem início às 14h30 com o tema «O doente com síncope», onde vão ser abordados subtemas como «A Marcha Diagnóstica», «Investigação Avançada», «Terapêutica Médica e de Intervenção» e «Casos Clínicos».
Ainda pelas 14h30, numa sala paralela, decorrerá uma Mesa de Enfermagem com especial enfoque para a temática «Cuidar em Cardiologia». Neste painel os profissionais vão falar sobre a experiência do Serviço de Cardiologia do Hospital de Faro na Via Verde Coronária, a reabilitação cardíaca no Hospital de Faro e a importância dos registos de enfermagem e uma abordagem sobre o tema «Traços de perfeccionismo na doença coronária e a sua relação com a ansiedade e depressão».
Às 17h00 vai estar em cima da mesa o tema «O doente com Dispneia», onde será abordada a dispneia súbita, a insuficiência cardíaca, a terapêutica médica e a terapêutica cirúrgica.
Para as 18h00 está marcado o simpósio «Optimizar a terapêutica do doente cardiovascular». Neste painel os especialistas irão dar especial destaque à hipertensão arterial e à doença arterial coronária.
No segundo dia das jornadas os trabalhos têm início às 9h00, com uma abordagem ao tema «Risco Cardiovascular Global», com destaque para a obesidade, o tabagismo e a diabetes.
À mesma hora, num espaço paralelo, decorrerá a Mesa de Cardiopneumologia que abordará a «Deformação Miocárdia», a «Ressincronização ventricular», o «Eco-carotídeo», «Tilt test e Onda T» e «Cardiopneumologia na Equipa Multidisciplinar da Cardiologia de Intervenção», sendo que ainda na parte da manhã os especialistas vão falar sobre «O doente com dor torácica».
A parte da tarde, a partir das 14h30, é dedicada aos temas «Cardiologia e Imagem», «Rede de Cuidados Coronários: do pré-hospitalar à cardiologia de intervenção e à cirurgia cardíaca», «AVC - The first killer» e «Avanços em Cardiopneumologia».

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

23rdEACTS

Postgraduate Course - Perfusion

Organisers: A Wahba, Trondheim

Session 1: Arterial embolism during cardio-pulmonary bypass
Moderators: F Merkle, Berlin; A Wahba, Trondheim
09:00
Gas embolism during cardio-pulmonary bypass
M Kuruz, Austin
09:20
Carbon dioxide in the operating field
J van der Linden, Stockholm
09:40
The EmBlocker
J G Maessen, Maastricht

Session 2: Haemostasis and anticoagulation
10:00
Fibrinogen levels and bleeding
A Jeppsson, Gothenburg
10:20
Bivalirudin anticoagulation in cardiopulmonary bypass
A Koster, Berlin
10:40
Coffee

Session 3: Minimised bypass circuits
Moderators: A Liebold, Rostock; J van der Linden, Stockholm
11:10
Different deairing devices
C Schmid, Regensburg
11:30
Minimal bypass systems: a critical review
J Mulholland, London
11:50
Aortic surgery with mini bypass
J Anderson, London
12:20
Role of hyperosmolar solutions in cardio-pulmonary bypass priming
V Kvalheim, Bergen
12:30
Lunch

Session 4: Cardio-pulmonary bypass in non cardiac surgery and left heart assist
Moderators: J Mulholland, London; C Schmid, Regensburg
13:30
The use of cardio-pulmonary bypass in renal tumours
T Graham, Birmingham
14:00
The role of the perfusionist in percutaneous valve implantations
T Walther, Leipzig
14:20
Ethics: Heart transplant and long-term assist
J H Dark, Newcastle-upon-Tyne
14:50
Future perspectives in cardiac assist devices
H Borovetz, Pittsburgh
15:20
Adjourn

domingo, 27 de setembro de 2009

500 portugueses vivem com corações de outros

Só no ano passado, foram transplantados no País 41 doentes. E oito morreram enquanto esperavam por um novo coração. O presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta para o facto de todos os anos 20 portugueses terem necessidade de um novo órgão e não serem sinalizados pelos médicos.

Transplante há 23 anos - O primeiro transplante de coração foi feito em 1986 pelo médico Queiroz e Melo, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Mais homens - A maioria dos doentes transplantados são homens, embora não haja uma faixa etária específica.
Cirurgia até aos 65 - A idade limite para a realização de um transplante cardíaco é aos 65 anos.

32 anos a fintar os defeitos de um órgão 'mal nascido'

Com um defeito de nascença no coração, Nelson fez inúmeros tratamentos e operações até ser operado em 2006. A qualidade de vida melhorou, mas o dia-a-dia sem problemas é recuperado lentamente
Idade 32 anos
Tempo de espera Perto de oito meses
Razão Cardiopatia congénita
São 20.00. A equipa do DN chega mesmo a tempo de dividir o ritual diário (pré-jantar) com Nelson Cravinho: uns quantos comprimidos e um líquido que mistura com um sumo de fruta. E a inocência aparente do sumo, colocado num minicopo com o símbolo do Benfica, não deixa adivinhar o efeito drástico que tem: o bloqueio do sistema imunitário de forma a segurar o novo coração.
São 14 as substâncias que tem de tomar todos os dias, divididas em doses em cinco a seis horas. Mas o peso da rotina em nada se compara com os 32 anos de caminhadas vagarosas e sufocantes. "Mal nasceu disseram-me que ele estava muito doentinho, mas eu não achava que fosse possível. Aos sete meses já tinha sete quilos... Comecei a acreditar nisso quando o via muito cansado e a transpirar enquanto mamava", conta a mãe, Mariete Cravinho.
A cardiopatia congénita (nasceu com ele) foi sendo acompanhada no Hospital de Santa Maria e, mais tarde, no Hospital de Santa Marta. Aos três anos, "fiz a primeira cirurgia, de correcção de uma válvula. Senti-me muito melhor. Depois disso só tinha de fazer exames de controlo". Mas isso não quer dizer que fizesse o mesmo que todas as outras crianças. "Corria menos e cansava-me rapidamente, mas até era engraçado ver os professores de educação física a deixar-me fazer o que eu queria", diz.
Por ironia ou pura sugestão deixada pelas limitações, o desporto sempre foi a área de eleição de Nelson. "Gostava de ter feito algo ligado ao futebol, como jogador ou não. Como não podia ir por um lado, tentei ir por outro", brincou. Tirou um curso em comunicação social com a esperança de ser jornalista desportivo. E assim foi. Pelo menos durante um ano cumpriu o seu sonho num jornal local, que acabou por falir. Depois disso, teve de fazer uma pausa, porque o coração não o acompanhava mais.
A operação que devia evitar o transplante mais algum tempo correu bem, mas a recuperação foi interrompida por uma acidente de carro grave que o fez regredir. "Com os danos no coração não pude fazer a fisioterapia necessária ao braço porque não aguentava". Quando a médica de Santa Marta lhe disse que tinha de fazer um transplante sentiu um balde de água fria. "Fiquei azamboado. Custou-me a aceitar a ideia. A verdade é que já não conseguia andar nem cem metros", suspira.
Desde os exames até ao transplante passaram oito meses, tempo suficiente para já desejar pôr um fim à espera. Em Outubro de 2006, foi chamado pelo hospital, onde foi operado às seis da manhã. "Não dormi nada. Sentia aquela ansiedade por poder não acordar". Agora tem mais qualidade de vida. Percorrer praias em areia molhada, passear e conhecer quintas, como a da Regaleira já são tarefas possíveis.
"Curioso é eu ter sempre problemas de coração e o meu pai morrer subitamente de enfarte em Junho", conta, pesaroso. Mais um obstáculo em plena recuperação. Mas Nelson recusa cruzar os braços, apesar de admitir que alguns sonhos ficaram para trás. "Gostava de ser jornalista, mas não posso estar demasiado stressado, mas quero voltar a trabalhar."

Diana Mendes DN

Só a lamechice não cabe no novo coração de Sandra

Passou por dois cancros e um transplante ainda antes dos 26 anos. Mas nada mudou na sua vida, que "ficou cada vez melhor", diz Sandra Canha. Até porque não faz parte do seu feitio dar parte de fraca
Sandra Canha
Idade 33 anos
Tempo de espera Menos de um mês
Razão Cancro no coração
"Não me ponham a dizer nada lamechas, que eu não sou assim." E não. Sandra Canha, com 33 anos, não é mesmo nada assim. Mesmo depois de ter ultrapassado dois cancros e um transplante cardíaco em cerca de dez anos.
A sua vida hoje, marcada por corridas aos hotéis da cadeia em que trabalha, parece repetir a sua batalha anos antes, numa altura em que corria entre o Hospital de Santa Marta e o Egas Moniz. Aos 19 anos, foi-lhe diagnosticado um linfoma de Hodgkin, que a obrigou a fazer quimioterapia durante um ano e radioterapia. "Suspeito que a radioterapia terá originado um cancro no coração", quando tinha apenas 25 anos. "Era aqui que incidia a radiação", conta, enquanto aponta para o peito.
O seu caso é único. Tão único que provocou o corrupio dos médicos das unidades hospitalares, pelo puro fascínio da aprendizagem. "Em Portugal era a única com um cancro no coração e penso que só havia mais um caso na Europa", diz. O problema foi detectado em 2001, depois de sucessivas queixas de cansaço ao mínimo esforço. E foi assim que se detectou uma massa no coração. "Só se soube que era um cancro depois de o doutor Fragata me ter feito uma cirurgia em Setembro." A única solução foi o transplante. De repente, passa para o topo da malfadada lista de espera. A razão da prioridade "era poder morrer. A qualquer momento!", contou, com a frieza de quem recusa ter pena de si própria. A idade dava garantias de uma evolução rápida do tumor, mas também tinha aspectos positivos, como a possibilidade de usar mais armas no combate da doença.
Em casa desde 22 de Novembro, "mesmo doentinha e de pijama", nem um mês esperou para ter um novo coração. "Correu tudo bem. Pior foi para quem ficou aquelas três horas à espera cá fora. Em nenhuma altura achou que algo fosse correr mal: "Nunca pus isso em causa. Quando soube o que tinha aos 19 anos, e mesmo aos 25, não foi fácil. Mas sempre achei que não se ia passar nada de grave, talvez por causa daquela inconsciência de juventude."
Na altura em que foi detectado o linfoma, tinha terminado o 12.º ano e preparava-se para concorrer para a faculdade. "Gostava de ser psicóloga, mas também não tinha nota para entrar no público." Em nenhuma ocasião a sua (falta de) saúde pôs em causa as aspirações. "Tive uma fase divertida, mesmo depois do transplante. Trabalhei neste hotel em part-time e até numa loja de transformação da Harley Davidson, que vendia peças de motas e as personalizava. E eu adoro motas!"
Sobre o que mudou na sua vida, além das "carradas de medicamentos", foca os cuidados enquanto imunodeprimida (para impedir a rejeição do novo coração). Em época de gripe A, teve de fazer algumas cedências. "Não saio à noite e não ando de transportes. Ontem tive mesmo de andar de metro e levei máscara. Mesmo assim fiquei cheia de medo." Na Net, encontrou pessoas transplantadas, com quem até viajou para a Tailândia. "Acho que é importante tirar dúvidas, porque há pouca informação. Ao olhar para outros doentes e ao vê-los bem ficamos mais descansados", assegura.

Diana Mendes DN

Ao terceiro coração uma vida normal

Amanhã comemora-se o dia mundial do órgão responsável por uma das maiores fatias de mortalidade entre os portugueses. O DN foi ouvir as histórias de três pessoas submetidas a um transplante cardíaco: o Vasco, com apenas seis anos, foi transplantado há quatro, mas ainda teve de viver com um coração artificial; Sandra passou por dois cancros - um deles, no coração, tornou-a única no País e fê-la liderar a lista de espera nacional; Nelson viveu mal quase 32 anos, devido a uma malformação de nascença. Os três tentam agora retomar uma vida com menos complicações. Tal como eles, outras 500 pessoas já receberam um coração de outra em Portugal. O primeiro transplante foi em 1986, em Lisboa
Vasco tem quase seis anos e ainda não fala. Mas nos seus olhos escuros e grandes consegue ler-se quase tudo. A alegria de ter hoje um quotidiano normal, longe das máquinas e do hospital, e de poder fazer algo tão simples como atirar o balão azul à irmã mais nova que gatinha pela sala. E uma enorme força de viver. Mesmo que o coração transplantado que lhe bate no peito há quatro anos lhe continue a traçar um futuro com muitas interrogações.
"É um lutador. Tem uma força e uma capacidade de dar a volta às situações incríveis", desabafa Carla Cruz, a mãe, respondendo com um abraço às investidas do filho, que tenta captar-lhe a atenção. Do seu rosto e discurso pode descortinar-se a mesma alegria por este presente tranquilo, que chega ao fim de um passado tão atribulado. Mas mais. No olhar de Carla lê-se também a enorme gratidão a uma equipa médica que fez tudo para lhe salvar o filho e que, na altura em que o seu coração natural quase deixou de bater, sugeriu algo até aí nunca realizado em Portugal: a colocação de um coração artificial.
Foi há quase cinco anos e o objectivo da equipa do Hospital de Santa Marta era clara: prender Vasco à vida enquanto não chegava a sua vez na lista de doentes à espera de um transplante. Vasco tornou-se, assim, no primeiro português a receber um coração artificial, atraindo todas as atenções mediáticas. "Foi um período muito complicado. Todos os órgãos dele já tinham problemas, deixou de comer e de respirar naturalmente", recorda Carla. "Mas confiámos inteiramente na equipa médica, pois eles sabiam que era aquilo que tinha de ser feito."
Durante 107 dias, Vasco sobreviveu com umas bombas exteriores ligadas ao coração e a um compressor, permitindo-lhe bombear o sangue para todo o organismo. Um equipamento pesado e complexo, que lhe condicionava os movimentos mas a que rapidamente se habituou. A cirurgia liderada pela equipa de José Fragata foi complicada. Mas a verdade, lembra a mãe, é que assim que saiu da sala de operações já vinha mais rosadinho. "Recuperou bastante, os órgãos começaram a funcionar e a sua condição física para o transplante melhorou imenso."
A notícia de que havia um coração saudável que poderia substituir o de Vasco chegou um dia, à hora de jantar, e obrigou a uma mobilização imediata. Era o que tinha de ser, a passagem à etapa seguinte. Mas a boa nova trouxe de novo a apreensão. "Sabíamos que aquele coração era provisório e que não podia viver com ele para sempre. Mas estava a funcionar. E tivemos medo, claro", lembra Carla, outrora profissional do ramo alimentar, agora mãe a tempo inteiro. Mas medo, prossegue, "medo tínhamos sempre". Ainda têm.
Vasco é hoje um menino com necessidades especiais e sujeito a terapias regulares que lhe permitem desenvolver a fala e outras capacidades. As suas dificuldades não derivam do transplante mas do vírus que, aos três meses de idade, se apoderou do seu corpo, debilitando--lhe o coração e causando sequelas cerebrais. O facto de viver com um coração transplantado traz sempre risco, reconhece a mãe, mas igual ao de todas as pessoas que fizeram um transplante.
Por isso, e porque o seu sistema imunitário tem de estar em baixo para que o seu organismo não rejeite algo estranho como um coração que não é seu, todos os cuidados são poucos. Em casa, as mãos lavam-se com frequência, os cuidados com a limpeza são extremos e mesmo uma febre aparentemente inofensiva é logo encaminhada para o médico. As saídas à rua são menos frequentes do que as de outros meninos da sua idade e Vasco ainda não vai à escola como o irmão Simão, de três anos. Em casa, entretém-se com o computador, o Canal Panda, os livros e os brinquedos. Sempre debaixo da atenção dos pais.
"Tentamos não expô-lo muito porque nunca sabemos o que pode acontecer", explica a mãe. Vive-se dia a dia, hora a hora e goza-se o momento presente, sem perder tempo a traçar planos para o futuro.
Idade 5 anos
Tempo de espera 6 meses
Razão Infecção aos três meses, que afectou o coração

Rita Carvalho DN

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Manifestação esta quarta-feira pode deixar hospitais a meio-gás

Fábrica de Conteúdo
Os profissionais de diagnóstico e terapêutica encontram-se esta quarta-feira em greve, como forma de mostrar que se sentem discriminados em relação a outros profissionais de saúde.O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde prevê que os serviços de saúde estejam a funcionar a meio-gás, em consequência da greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica.Os profissionais da área de diagnóstico e terapêutica querem mostrar o seu descontentamento pela forma como estão a ser discriminados face a outros profissionais da saúde, sobretudo na forma como não são avaliados. Os referidos profissionais consideram que estão impedidos de progredir na carreira. Em declarações à TSF, Edgar Loureiro, do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde, admitiu que esta paralisação dos profissionais pode afectar o normal funcionamento dos hospitais.O sindicalista prevê «uma grande adesão, porque a indignação também é muito grande», aconselhando a que as pessoas não se desloquem aos hospitais para certos procedimento, como raio X e análises, pois o mais provável é que não sejam realizados tal como para consultas que, por não haver «exames de diagnóstico», não não se podem concretizar.

Açores Online - Profissionais de diagnóstico e de terapêutica em greve

Os profissionais de diagnóstico e de terapêutica estão a realizar entre esta quarta-feira e quinta-feira uma greve para demonstrar a sua indignação pela forma como o Ministério da Saúde bloqueou as negociações da carreira.
A greve foi decretada pelo Sindicado dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica contra aquilo que classifica ser de discriminação face aos outros profissionais de saúde com os quais já foi encerrado o processo negocial do novo estatuto. Edgar Ribeiro, do Sindicato Nacional dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, adiantou à Açores TSF que "esta situação causa-nos uma enorme indignação, porque ficamos arrasados destas negociações sem uma explicação. Vamos aproveitar agora para demonstrar a este Governo o nosso protesto". Evidenciou ainda que nos Açores as paralisações "têm sempre

TSF - Hospitais enfrentam greve dos profissionais de diagnóstico

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1369795

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1370143

Rádio Renascença - Técnicos de diagnóstico e terapêutica em greve

Nesta altura, e de acordo com os sindicatos, há serviços nalguns hospitais que tiveram que encerrar por falta de técnicos, como é o caso do serviço de radiologia do hospital Pedro Hispano, no Porto, e no Hospital de Angra do Heroísmo, nos Açores.
Estes profissionais de saúde estão indignados com a atitude do Ministério da Saúde, que parou o processo negocial iniciado em Maio. Uma atitude “lamentável”, dizem os sindicatos que representam os técnicos. Para além da paralisação, que vai durar todo o dia, os sindicatos têm agendado para esta tarde uma manifestação à porta do Ministério da Saúde.

Greve técnicos de diagnóstico com adesão estimada nos 70 a 80 por cento

No Site RTP

Os sindicatos que representam os técnicos de diagnóstico calculam que a greve destes profissionais tenha uma adesão entre os 70 e os 80%. A paralisação serve para protestar contra o impasse na negociação, com o Ministério da Saúde, sobre a carreira destes profissionais. Além da greve, há também uma manifestação, em Lisboa, acompanhada pelo jornalista Miguel Videira.

ESTOU DE GREVE




Greve Noticiada

O texto da agência Lusa é publicado também no:

Jornal da Madeira
TV - SIC
Semanário SOL
Semanário Expresso

Reforma das carreiras especiais deixa de fora 40 mil funcionários

São cerca de 40 mil os funcionários públicos que verão adiado para a próxima legislatura o seu futuro profissional. Em causa estão os trabalhadores dos impostos e das alfândegas, os técnicos de diagnóstico e terapêutica, os oficiais de justiça e os funcionários dos registos e notariado, integrados em carreiras especiais, e que ainda não viram a sua profissão adaptada às novas regras que, entre outros aspectos, torna mais difícil a progressão salarial.Contudo, o número de funcionários que estão dependentes das decisões do próximo Governo ultrapassa os 200 mil. Isto se nas contas entrarem os 150 mil professores que continuam a criticar o estatuto da carreira docente e o sistema de avaliação e vão fazer tudo para ressuscitar o processo logo a seguir às legislativas; os 37 mil enfermeiros que já têm novo estatuto mas que estão descontentes com a proposta de grelha salarial; e os militares que já têm novo estatuto remuneratório, mas ainda não viram a sua carreira revista.
Jornal de Negócios 15 Setembro 2009

Conferência de Imprensa

Porque é preciso mostrar União contra a Insatisfação, Injustiça, Indiferença de que estamos a ser alvo.....
Eu Faço GREVE!

Nótícia RTP - Técnicos de diagnóstico e terapêutica em greve dia 23 por negociação da carreira

Em comunicado, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde criticam a "atitude discriminatória do Ministério da Saúde".
Segundo estes sindicatos, "o Ministério da Saúde não deu, até esta data, qualquer explicação para o bloqueio das negociações, desde 12 de Agosto, impedindo assim a finalização da primeira fase do processo negocial para estes profissionais".

Notícia TSF - Técnicos de diagnóstico e terapêutica em greve dia 23 por negociação da carreira

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica decretaram, esta quarta-feira, uma greve para o próximo dia 23, em protesto contra «a paragem do processo negocial» de revisão da carreira, pela qual responsabilizam a tutela.
Em comunicado, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde criticam a «atitude discriminatória do Ministério da Saúde».
Segundo estes sindicatos, «o Ministério da Saúde não deu, até esta data, qualquer explicação para o bloqueio das negociações, desde 12 de Agosto, impedindo assim a finalização da primeira fase do processo negocial para estes profissionais».
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica sentem-se «absolutamente discriminados face a todos os outros profissionais de saúde, com os quais já foi encerrada a primeira fase do processo negocial, estando a decorrer a segunda fase», lê-se no comunicado.
Além da greve decretada para o próximo dia 23, estes profissionais marcaram uma manifestação frente ao Ministério da Saúde para «exigir o encerramento do processo negocial da revisão da Carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica e Técnico Superior de Saúde nos termos da Lei e da reestruturação das carreiras da administração publica».

Notícia Público - Técnicos de diagnóstico e terapêutica em greve dia 23 por negociação da carreira

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica decretaram hoje uma greve para o próximo dia 23, em protesto contra "a paragem do processo negocial" de revisão da carreira, pela qual responsabilizam a tutela.
Em comunicado, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde criticam a "atitude discriminatória do Ministério da Saúde". Segundo estes sindicatos, "o Ministério da Saúde não deu, até esta data, qualquer explicação para o bloqueio das negociações, desde 12 de Agosto, impedindo assim a finalização da primeira fase do processo negocial para estes profissionais".Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica sentem-se "absolutamente discriminados face a todos os outros profissionais de saúde, com os quais já foi encerrada a primeira fase do processo negocial, estando a decorrer a segunda fase", lê-se no comunicado.Além da greve decretada para o próximo dia 23, estes profissionais marcaram uma manifestação frente ao Ministério da Saúde para "exigir o encerramento do processo negocial da revisão da Carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica e Técnico Superior de Saúde nos termos da Lei e da reestruturação das carreiras da administração publica".

Notícia IOL - Técnicos superiores de diagnóstico convocam greve

No próximo dia 23 os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica vão estar em greve. De acordo com a Agência Lusa, estes profissionais convocaram uma greve para protestarem contra «a paragem do processo negocial» de revisão de carreira, pela qual responsabilizam a tutela.
Os técnicos superiores de diagnósticos e terapêutica marcaram também uma manifestação frente ao Ministério da Saúde.
O Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e o Sindicato das Ciências e Tecnologias da saúde criticam, em comunicado, a «atitude discriminatória do Ministério da Saúde».
«O Ministério da Saúde não deu, até esta data, qualquer explicação para o bloqueio das negociações, desde 12 de Agosto, impedindo assim a finalização da primeira fase do processo negocial para estes profissionais», afirmam os sindicatos.
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica afirmam também que se sentem «absolutamente discriminados face a todos os outros profissionais de saúde, com os quais já foi encerrada a primeira fase do processo negocial, estando a decorrer a segunda fase».

Notícia Lusa - Greve dos técnicos diagnóstico deverá deixar serviços de saúde a meio gás

A greve dos profissionais de diagnóstico e terapêutica, marcada para a próxima quarta-feira, deverá deixar os serviços de saúde a funcionar a meio gás, sensivelmente ao ritmo dos fins-de-semana, segundo um dirigente sindical.
A greve foi decretada pelo Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica contra o que classificam de "discriminação face a todos os outros profissionais de saúde com os quais já foi encerrado o processo negocial".
Sobre os efeitos da greve, Almerindo Rego, presidente do SCTC, sublinhou à agência Lusa que, em saúde, "uma greve é sempre algo muito complicado", estimando que a paralisação destes profissionais de saúde - oito mil na administração pública, precisou - afecte os serviços de consultas, cirurgias e farmácia. Por isso, antecipa, os utentes deverão encontrar, na quarta-feira, os serviços a funcionar como se se tratasse de um fim-de-semana.

sábado, 19 de setembro de 2009

Falta de Sangue


O Transplante já não é um acto Heróico, mas sim uma Actividade Industrial


Rafael Matesanz, Fundador e Director da Organização Nacional de Transpantes e sua equipa vão formar rede de coordenação de doação na Indía.


sábado, 12 de setembro de 2009

Cardiopneumologia Coimbra - 15,94 Valores

É na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra onde se registam notas mais altas, com o “pódio” a ser ocupado com os cursos de Fisioterapia (17,36 valores), Farmácia (16,22 valores) e Cardiopneumologia (15,94 valores), logo seguidos de Dietética e Nutrição (15,64 valores) e de Análises Clínicas e de Saúde Pública (14,98 valores). Mesmo no Ensino Politécnico é, portanto, na Saúde onde as notas são mais altas. Aliás, é também bem próxima dos 15 valores (14,78) a nota do último aluno a entrar na Escola Superior de Enfermagem.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Estudo Antares - Portugal faz menos 40% de cirurgias do que a UE

A média europeia é de mil operações anuais por milhão de habitantes. Portugal fez 605, por milhão de habitantes, em 2008. E o País ainda tem poucos centros de cirurgia.
Apesar de Portugal ser um dos países europeus com mais mortes por doenças do coração, continua a ter uma das mais baixas taxas de cirurgias cardíacas por milhão de habitantes da União Europeia (UE), revela um estudo realizado pela Antares, uma empresa de consultoria internacional na área da saúde.
A média europeia é de cerca de mil cirurgias cardíacas anuais por milhão de habitantes. E em 2008, de acordo com as estimativas da Antares, a taxa em Portugal foi de 605 operações por milhão, tendo em conta o total de intervenções nos hospitais públicos e privados com protocolo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O número de cirurgias cardíacas nacionais corresponde assim a apenas 60% da média comunitária.
A Alemanha e países escandinavos, por exemplo, registam 1100 e 1400 operações por milhão de habitantes por ano (ver mapa).
Portugal deixa também a desejar quanto ao número de centros por habitante para a realização destas operações. Há sete, o que é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela a análise pedida pelo Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. Isto apesar de o estudo reconhecer que nos últimos anos houve um grande esforço do Ministério da Saúde para melhorar a resposta às necessidades dos utentes (ver texto em baixo).
"Considerando o número de centros actualmente existentes em Portugal, incluindo a unidade protocolada como o Serviço Nacional de Saúde (ou seja, o Hospital da Cruz Vermelha), para atingir as recomendações da OMS de 1,2 milhões de habitantes por centro de cirurgia cardíaca" o País precisa ainda de mais duas unidades.
Já para alcançar a média da Europa "existiria espaço para mais três", refere a análise da Antares.
Em Portugal Continental, os sete centros de cirurgia cardíaca significam uma unidade para 1,4 milhões de habitantes. As regiões do norte e centro são aquelas onde a carência é maior: existe um centro para mais de 1,8 milhões de utentes.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que mais se aproxima das recomendações da OMS. Com quatro centros, três deles públicos e um privado (HCVP), e uma população de 4,4 milhões de habitantes, a região tem uma unidade para cada 1,1 milhões de utentes.
Apesar da esperança média de vida em Portugal se situar ao nível dos principais países europeus, o País apresenta rácios de centros de cirurgia cardíaca inferiores à média da Europa, conclui assim o documento. E com o envelhecimento acentuado da população as necessidades destas operações vão aumentar, alerta.
A manterem-se as taxas de utilização actuais e a proporção entre as necessidades deste tipo de operações e o número de habitantes com mais de 50 anos, em 2030 o problema vai agravar-se.
As necessidades de operações cardiovasculares vão aumentar cerca de 23%, apenas pelo efeito do envelhecimento da população portuguesa, diz o estudo. Um crescimento que só poderá ser atenuado pelo desenvolvimento de tecnologias e uma maior actuação no campo da prevenção e diagnóstico das doenças cardiovasculares, refere o estudo da Antares.
As doenças cardíacas são a principal causa de morte em Portugal, sendo responsáveis por 40% dos óbitos.
in DN - ANA TOMÁS RIBEIRO 09/09/2009

domingo, 6 de setembro de 2009

O milagre de Ana Filipa

Ana Filipa, de seis anos, está viva por uma sucessão de acasos. Os médicos não hesitam em usar a palavra "milagre". Na manhã de 15 de Julho, quando brincava na escola, em Évora, teve um colapso e perdeu os sentidos. Os monitores que a socorreram julgaram que tinha sofrido um ataque epiléptico.Ninguém podia imaginar que o desmaio havia sido causado por uma ruptura da artéria aorta. É que em Portugal nunca houve casos semelhantes em crianças tão novas. São tão raros que, na literatura médica, só há registo de dois em todo o mundo, operados com sucesso (ver caixa abaixo).É mais habitual em pessoas idosas, com problemas de hipertensão, como Albert Einstein, que morreu aos 76 anos. Quase 90% dos pacientes não chegam sequer ao hospital. Ana Filipa aguentou-se durante várias horas até ser operada. O rápido diagnóstico feito no Hospital de Évora pela equipa de pediatras e cardiologistas foi o primeiro passo para o salvamento da rapariga alentejana. "Contei aos médicos que ela tinha sido sujeita a um cateterismo cardíaco com um ano de idade. Tem a artéria aorta dilatada desde que nasceu", conta a mãe, Ângela Janeiro, que esteve ao lado da filha desde as 10h30 da manhã, altura em que lhe telefonaram da escola. "Se eles não tivessem acertado logo, ela não teria sobrevivido." A empregada de balcão lembra que os médicos contactaram de imediato o Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. "Por sorte, o bloco operatório, normalmente sem vagas, naquela tarde estava disponível. E era fácil reunir a equipa de cirurgiões", diz uma fonte do hospital. Todos sabiam que era uma corrida contra o tempo e que qualquer erro poderia ser fatal. "Ainda se pensou na hipótese de a transportar de helicóptero mas alguém lembrou que a trepidação da aeronave podia ser prejudicial para a criança", recorda Ângela Janeiro. O hospital, os bombeiros e a GNR de Évora coordenaram-se para levar Ana Filipa de ambulância até aos arredores de Lisboa. Rodeada de uma escolta policial para não haver carros a atrapalhar. No tempo recorde de 45 minutos, a menina alentejana saiu de Évora e chegou aos cuidados intensivos do hospital de Carnaxide. E pronta para ser operada. Eram 16h30, ainda assim seis horas após a ruptura na principal artéria do coração. "Estávamos muito cépticos. Achávamos que ela não chegaria cá com vida", confessa um cardiologista de Carnaxide. A cirurgia, liderada por Miguel Abecassis, embora complexa, por ser rara em pacientes desta idade e envolver a manipulação dos tecidos numa zona muito delicada, foi um sucesso. "Ela é uma sobrevivente. É um caso que não se volta a repetir", diz o mesmo especialista.Ana Filipa teve sorte porque a aorta se rompeu na parte de trás, onde se situa a artéria pulmonar que fez de tampão, contendo a hemorragia: "Se a aorta se tivesse rompido à frente o sangue acumulava-se em redor do coração e ela morria subitamente". Se tivesse sofrido este colapso durante a noite, talvez não voltasse a acordar.

Um mês depois do dia mais longo da vida dos Janeiro, a família esforça-se para que a rotina se instale de novo em casa. Colada em frente ao ecrã do computador, Ana Filipa comanda um pinguim comilão que tenta salvar a namorada Penny das garras do inimigo Nolok. Tecla furiosamente para conseguir subir de nível do jogo Super Tux, sob o olhar embevecido dos pais, Ângela e Martinho: "Tens de fugir desses. Salta, agora. Cuidado!".Como qualquer rapariga de seis anos, ela gosta de desenhar, jogar basquetebol e brincar com as duas irmãs, Patrícia, de 13 anos, e Filipa, de um ano. Por cima da cama, tem pendurado um poster das fadas Winx e no quarto, que divide com a irmã mais velha, não faltam peluches coloridos. Este ano, vai entrar para a 1ª classe, na mesma escola onde concluiu a pré-primária, e já conhece quase todos os futuros colegas de turma. "Sou amiga de todos", diz, timidamente, depois de terminar o jogo de computador. Enquanto as aulas não começam, passa a maior parte do tempo em casa, com os pais, de férias, protegida dos 35 graus que se fazem sentir nas ruas de Évora. "Só saímos de manhã para ela passear um pouco. O exercício faz-lhe bem", conta Martinho Janeiro. É uma vida normal. Ou quase. "Os médicos disseram-nos que ela não terá limitações no dia-a-dia. Mas tem de ir às consultas de cardiologia, de três em três meses, para ser vigiada, de tomar remédios para a tensão e para o coração". Tem também uma cicatriz no peito, tapada pela T-shirt verde. Para os pais, tudo isso são pormenores. "A nossa filha está viva. É uma heroína".

sábado, 29 de agosto de 2009

Será que estão Aflitos!

Um Estudo da Antares revela que o envelhecimento da população vai aumentar as necessidades do país.
Portugal fica abaixo da média da Europa quando o tema é os centros para operar doentes do coração.
Um estudo elaborado pela consultora Antares para o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, revela que Portugal tem sete centros para fazer cirurgias cardíacas - Santa Cruz, Santa Marta, Santa Maria, Coimbra, São João, Gaia, e Cruz Vermelha - e que deveria ter mais três para cumprir as recomendações da Organização Mundial de Saúde, que apontam num sentido de um centro por cada milhão de habitantes.

São João suspende médico e faz queixa-crime


O Centro de Cirurgia Torácica do Hospital de São João está a viver uma guerra psicológica com um médico interno, que após um pedido de suspensão, tem feito insultos e ameaças à equipa, usando um blogue em que divulgou greve de fome
Um blogue com palavras insultuosas a directores do Hospital de São João, ameaças a colegas e o uso de uma T-shirt com a cruz suástica ditaram ontem a suspensão de um médico interno do Centro de Cirurgia Torácica. A administração do hospital não só mandou instaurar um processo disciplinar ao brasileiro Gilson Alves como vai mesmo avançar com um processo-crime, para além de que solicita a protecção policial para os profissionais visados.
Na base da insólita situação está, segundo a versão de Gilson Alves, transcrita no seu blogue pessoal, o facto de este ter criticado o seu director de serviço por obrigá-lo a "horários desumanos", dando como exemplo um caso em que terá cumprido 72 horas em quatro dias. A partir daí, o interno queixa-se de ter sido vítima de perseguição e assédio no seu local de trabalho, o que motivou o início de uma greve de fome a 29 de Junho que deu origem ao blogue: Greve de fome em directo.
Um comentário anónimo publicado no seu próprio blogue dá, no entanto, outra versão dos factos. "Além de ter uma atitude bélica em tudo o que faz, a principal razão por que foi afastado é que desobedeceu persistentemente às recomendações e ordens dos seus orientadores, culminando com a extracção autónoma e intempestiva da cânula aórtica durante uma cirurgia cardíaca em que assistia o director de serviço. O doente não morreu por sorte e experiência do cirurgião", refere o comentário, que adianta ter existido uma recusa dos colegas a operar com ele, bem como um pedido de avaliação psiquiátrica.
O DN tentou obter a versão dos factos de Gilson Alves, por correio electrónico, mas não obteve resposta em tempo útil.
A 2 de Julho, um esclarecimento do serviço de cirurgia, subscrito por onze médicos, defende que Gilson Alves "tomou um conjunto de atitudes inadequadas e impróprias de um profissional médico numa área clínica com as exigências da cirurgia torácica", quer dentro do serviço, quer após o seu pedido de suspensão do internato.
Por esta altura, Gilson Alves, já tinha lançado na Internet a "Petição reintegração imediata do dr. Gilson João Alves", para que fosse reposta a "legalidade" e que chegasse ao termo o "assédio psicológico". Segundo o próprio, a petição foi subscrita por 158 pessoas.
Na última terça-feira, reagindo ao pedido de suspensão, Gilson foi explícito nos insultos. Referindo-se ao director clínico, escreve "o sacana nojento filho da mãe continua a passear aquela careca nojenta pelos corredores". E passa ao ataque: "No final disto tudo, poderá não restar muito de mim para contar, contudo, por cada grama que eu perder vou fazer perder 1000." Anunciando que "a guerra começou", Gilson diz que "a partir de hoje, ou aqueles que destruíram a minha vida marcharão sobre o meu cadáver ou marcharei sobre o deles".
Contactada pelo DN, a administração do hospital não faz comentários.

São João suspende médico e faz queixa-crime

O Centro de Cirurgia Torácica do Hospital de São João está a viver uma guerra psicológica com um médico interno, que após um pedido de suspensão, tem feito insultos e ameaças à equipa, usando um blogue em que divulgou greve de fome
Um blogue com palavras insultuosas a directores do Hospital de São João, ameaças a colegas e o uso de uma T-shirt com a cruz suástica ditaram ontem a suspensão de um médico interno do Centro de Cirurgia Torácica. A administração do hospital não só mandou instaurar um processo disciplinar ao brasileiro Gilson Alves como vai mesmo avançar com um processo-crime, para além de que solicita a protecção policial para os profissionais visados.
Na base da insólita situação está, segundo a versão de Gilson Alves, transcrita no seu blogue pessoal, o facto de este ter criticado o seu director de serviço por obrigá-lo a "horários desumanos", dando como exemplo um caso em que terá cumprido 72 horas em quatro dias. A partir daí, o interno queixa-se de ter sido vítima de perseguição e assédio no seu local de trabalho, o que motivou o início de uma greve de fome a 29 de Junho que deu origem ao blogue: Greve de fome em directo.
Um comentário anónimo publicado no seu próprio blogue dá, no entanto, outra versão dos factos. "Além de ter uma atitude bélica em tudo o que faz, a principal razão por que foi afastado é que desobedeceu persistentemente às recomendações e ordens dos seus orientadores, culminando com a extracção autónoma e intempestiva da cânula aórtica durante uma cirurgia cardíaca em que assistia o director de serviço. O doente não morreu por sorte e experiência do cirurgião", refere o comentário, que adianta ter existido uma recusa dos colegas a operar com ele, bem como um pedido de avaliação psiquiátrica.
O DN tentou obter a versão dos factos de Gilson Alves, por correio electrónico, mas não obteve resposta em tempo útil.
A 2 de Julho, um esclarecimento do serviço de cirurgia, subscrito por onze médicos, defende que Gilson Alves "tomou um conjunto de atitudes inadequadas e impróprias de um profissional médico numa área clínica com as exigências da cirurgia torácica", quer dentro do serviço, quer após o seu pedido de suspensão do internato.
Por esta altura, Gilson Alves, já tinha lançado na Internet a "Petição reintegração imediata do dr. Gilson João Alves", para que fosse reposta a "legalidade" e que chegasse ao termo o "assédio psicológico". Segundo o próprio, a petição foi subscrita por 158 pessoas.
Na última terça-feira, reagindo ao pedido de suspensão, Gilson foi explícito nos insultos. Referindo-se ao director clínico, escreve "o sacana nojento filho da mãe continua a passear aquela careca nojenta pelos corredores". E passa ao ataque: "No final disto tudo, poderá não restar muito de mim para contar, contudo, por cada grama que eu perder vou fazer perder 1000." Anunciando que "a guerra começou", Gilson diz que "a partir de hoje, ou aqueles que destruíram a minha vida marcharão sobre o meu cadáver ou marcharei sobre o deles".
Contactada pelo DN, a administração do hospital não faz comentários.

Cruz Vermelha recebe doentes

O Hospital da Cruz Vermelha está a fazer cirurgias cardiotorácicas a doentes do Hospital Curry Cabral, sem que seja avaliada a capacidade de resposta dos hospitais públicos da região de Lisboa.
O acordo assinado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e pela Cruz Vermelha Portuguesa - Sociedade Hospitalar, em vigor a 1 de Janeiro de 2008, determina as condições em que o hospital presta cuidados de saúde aos utentes públicos.
O documento determina que o hospital receba doentes das áreas da ortopedia, cirurgia cardiotorácica, cirurgia vascular, oftalmologia e urologia. Porém, tem uma cláusula específica para a área cardíaca. Neste caso, os doentes do Curry Cabral podem ser "referenciados sem necessidade de prévia avaliação da capacidade de resposta dos hospitais da região", refere o acordo.
Caso a Cruz Vermelha não tenha capacidade de resposta, "deve informar, de imediato, o Hospital Curry Cabral, de modo a que este procure alternativas, em tempo útil, junto dos hospitais do SNS".
Em resposta a um requerimento do deputado do BE, João Semedo, em que é solicitada informação sobre este protocolo, o Ministério da Saúde refere que foram enviados 17 068 doentes do SNS para o Hospital da Cruz Vermelha, 1312 dos quais na área da cirurgia cardíaca. No entanto, não é especificado o número de utentes referenciados pelo Curry Cabral. No primeiro trimestre de 2009, já tinham sido assistidos 6845 doentes, 441 da especialidade acima referida.
No caso das outras especialidades contratualizadas, os centros de saúde apenas podem enviar doentes caso exista necessidade de cirurgias e não haja capacidade de resposta no SNS, ou seja, respeitando as regras da referenciação do sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC). O acordo anual (renovável até três anos), implica uma retribuição de 21,1 milhões de euros ao Hospital, que não pode ultrapassar o valor. Fonte do Tribunal de Contas disse ao DN que este acordo estava a ser analisado. Já o Ministério da Saúde garante que a situação está a ser reavaliada.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Esta Semana

Lisboa na Rua - Verão nos Coretos e Jardins de Lisboa

O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural recebe, no dia 28 de Agosto, o Quarteto Liandara pelas 19h00. Já no dia 29, é a vez do Recital de Canto e Piano também pelas 19h00.

Fitas na Rua

No dia 29 de Agosto pelas 22h00, o Miradouro da Capela de São Jerónimo no Restelo recebe "O Verão de Kikujiro", um filme de Takeshi Kitano. "Circa Me", uma curta-metragem de Amarante Abramovici também faz parte do cartaz da noite. No dia 30 de Agosto pelas 22h00, a Praça Martim Moniz projecta "Os Lisboetas" um filme de Sérgio Tréfaut. Ainda faz parte da sessão "China, China", uma curta-metragem de João Pedro Rodrigues e João Rui Mata.

Emprego

Procuram-se colaboradores com licenciatura em Cardiopneumologia ou Enfermagem para participação em projecto durante o mês de Setembro.

Horário de trabalho entre as 16h e 21h

Procuramos candidatos com o seguinte perfil:

- Experiência na realização de ECG
- Disponibilidade para deslocações
- Disponibilidade imediata

Vagas para Loures e Vila Franca de Xira.

Empresa KeyPoint

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Revisão das carreiras de Técnicos Superiores de Saúde e dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

Já está disponível o Relatório Final do grupo de trabalho de apoio à revisão das carreiras de Técnicos Superiores de Saúde (TSS) e dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT) e onde são apresentados 4 cenários, a saber:

  • Fusão da Carreira dos TDT e dos TSS numa carreira única

  • Criação da Carreira Farmacêutica e Fusão dos restantes Ramos dos TSS com a Carreira dos TDT

  • Manutenção das duas carreiras actualmente existentes – TDT e TSS.

  • Reajustamento das duas carreiras actualmente existentes, mantendo a separação entre TSS e TDT, e criação da Carreira Farmacêutica

Sugiro-vos a sua leitura e divulgação pelos colegas de Cardiopneumologia e das restantes área profissionais de Diagnóstico e Terapêutica.

Convento de Santa Marta (Igreja do )

O mosteiro das Religiosas Franciscanas Clarissas da segunda regra de invocação de Santa Marta foi fundado em 1612, no local onde existiu um antigo recolhimento destinado a donzelas pobres datado de 1583. O edifício foi adaptado às novas funções conventuais sobressaindo do seu conjunto o claustro, a Casa do Capítulo e a Igreja, verdadeiros museus de azulejaria do século XVII e XVIII.A igreja cuja entrada e acesso se faz por uma porta lateral como é habitual nos conventos de freiras, apresenta uma fachada sóbria. No seu interior, estão definidos dois andares, o inferior que corresponde às capelas laterais da nave e o superior às janelas iluminantes do espaço e a um corredor que comunica com o palácio dos Condes de Redondo, onde viveu a rainha D. Catarina de Bragança viúva de D. Carlos II de Inglaterra.
O Claustro maneirista com seis arcos de volta perfeita são idênticos aos da fachada da igreja. Os azulejos do andar térreo formam lambris com imagens de cestos com frutos e flores cercados de volutas. As composições do terraço, de barroco tardio, apresentam anjos e urnas ornamentais.
A colecção mais notável encontra-se na Sala do Capítulo com entrada pelo claustro, sala cuja abóbada foi pintada e as paredes estão revestidas de azulejos. Actualmente celebra-se missa aos sábados e domingos.

Duas Luas - Esteja Atento!

O Planetário Internacional de Vancouver, da British Columbia - Canadá, calculou a precisão em que Marte estará orbitando perto da terra. Será no dia 27 de Agosto de 2009.
Todavia, o mais interessante de tudo é que isto estava previsto num código Maya, encontrado na pirâmide ao lado do Observatorio Estrelar em Palenque, Chiapas -México.
Com este cálculo matemático Maya, agora estão a ser vistos como os gregos da América, e orgulho da Guatemala.
Pelo menos, quatro ou cinco gerações da humanidade não voltará a ver este fenomeno natural, e poucas pessoas sabem até o momento, embora tenha sido noticiado em 11 de maio de 2009.
No dia 27 de Agosto, a meia noite e meia, olhe para o céu, o planeta Marte será a estrela mais brilhante do céu, e será tão grande quanto a lua cheia, e estará a 55,75 milhões de kilometros da terra.
Não perca!!
Será como se a terra tivesse duas luas, e este acontecimento só se produzirá no ano de 2287.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Programa Festival Oceanos


Festival dos Oceanos

Existem muitos espectáculos em Lisboa que são gratuitos, mas muitos não sabem. De 10 a 16 de Agosto muitas pessoas estão de férias e outras vêem as suas acabar. Para que as suas finanças não tenham razões de queixa, aqui está uma lista de sugestões a custo zero.


CARILLON - No dia 14 de Agosto pelas 22h00 decorre no Parque das Nações em Lisboa um espectáculo de finalização dos dois dias do Festival dos Oceanos. Este evento aborda as 4 Estações e é acompanhado de efeitos de luz e som combinados com efeitos coreográficos e acrobáticos.
Festival piro-musical -No dia 15 de Agosto pelas 23h15 o Parque das Nações em Lisboa recebe uma noa luz. Um magnífico espectáculo piro-musical assinala o encerramento do Festival dos Oceanos.
Humor no Arena Lounge, Casino Lisboa - O Casino Lisboa reforça, em Agosto, a sua oferta de animação, acolhendo um novo ciclo de espectáculos de humor. As actuações desta semana vão para Francisco Menezes a 14 de Agosto e dia 15 sobe ao palco o percursor da stand-up comedy em Portugal, Nilton.

Recorte de Imprensa - Não Gostei -Politiquices!!!


Estudo inédito sobre fibrilhação auricular em Oliveira do Hospital

Oliveira do Hospital é um dos municípios seleccionados para a realização de um estudo inédito à fibrilhação auricular. É já a partir de amanhã – numa iniciativa que se prolonga até ao dia 23 de Agosto –, que os habitantes de Oliveira do Hospital começarão a ser visitados, em suas casas – de forma aleatória –, por uma equipa de técnicos de saúde, no âmbito do primeiro estudo epidemiológico que percorrerá Portugal para avaliar a incidência da fibrilhação auricular – um importante factor de risco para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Assim, entre as 16h00 e as 21h30, um técnico de cardiopneumologia e um enfermeiro deslocar-se-ão aleatoriamente à residência dos cidadãos e pedirão a colaboração da população para se submeter a um electrocardiograma e um inquérito destinado a recolher dados demográficos, sócio-económicos, clínicos e terapêuticos. Os objectivos deste estudo são a avaliação da prevalência da fibrilhação auricular em indivíduos com idade igual ou superior a 40 anos e análise do conhecimento sobre patologias do ritmo cardíaco. A iniciativa, da responsabilidade do Instituto Português do Ritmo Cardíaco (IPRC) e da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) vai abranger um universo de 10 mil portugueses residentes em 70 localidades e será implementada até 31 de Novembro de 2009. O que a distingue das habituais acções de rastreio cardiovasculares e a torna inédita em Portugal, é o facto de serem os Técnicos de Saúde a deslocar-se às habitações da população e a utilização da metodologia de escolha das casas “Random-Route”. Sublinhe-se que a fibrilhação auricular é um distúrbio do ritmo cardíaco, caracterizado pela contracção rápida e descoordenada das câmaras superiores do coração (aurículas) conduzindo a batimentos cardíacos rápidos e irregulares. É frequente, afectando cerca 5 indivíduos em cada 1000, de ambos os sexos, aumentando a sua incidência com a idade. Em Portugal, estima-se que a arritmia cardíaca subvalorizada é responsável por 15 por centos dos AVC.

in Correio da Beira Serra

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Laurinha no seu Melhor !!!

LAURA

Nos nossos dias a escolha de um nome é feita sem grandes preocupações de significado, no entanto no passado a escolha do nome para um bebé era objecto de grandes preocupações, pois sabia-se que o nome ia influênciar o futuro e o carácter dessa pessoa. A escolha do nome era vista como um presságio. Significado do nome Laura Amizade, Comunicação, Optimismo, Despreocupação. Adora festas e agitação, locais onde possa demonstrar o seu talento artístico. Muito criativa e comunicativa, possui um charme especial que usa para conquistar o que quer. A sua descontração e o bom humor mantem-na sempre jovem, não importa a idade que tenha. Sempre aberta a novidades, possui uma mente fértil para os negócios.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Rock'N'Road

Deixem que vos conte o meu último concerto em Benavente. Em primeiro lugar gostava de dar parabéns ao nosso campino Ès O Maior !!!!!!!!

Integrado no evento Noites de Verão em Benavente, no passado dia 11 de Julho assisti á actuação dos Rock'N'Road, deixem-me que vos diga que fiquei impressionado com o profissionalismo e com a arte de tocar boa música embora num registo do qual eu não sou muito melomano. Paralelamente existe um outro projecto de originais que parece ter todas as condições para evoluir e dar que falar um dia destes - Morbidick. deixo-vos um pouco do percurso deta banda, e já agora fiquem atentos eles andam por aí.

Na Primavera de 1994, Marco decidiu convidar Nuno, ambos guitarristas para tocar umas covers por divertimento. Um mês depois, Lucas (baixo) quis juntar-se. No verão do mesmo ano, Nelson juntou-se também, no teclado. Um ano mais tarde, um mês antes do primeiro concerto, ainda não tinham baterista. Foi então que Belila se juntou. O primeiro concerto em 1994 correu bastante bem, mesmo com muito poucos instrumentos e pouco material de som, tocando músicas de hard rock, especialmente Iron Maiden, banda pela qual se sentem muito influenciados, com Nuno na voz. E foi nesse ano que decidiram começar a criar a sua própria música. As primeiras foram White flag on a dark dream, So we wait, Top of the Speed, First Time in Hell, Battle of Steel e Black Night. A banda participou em alguns concursos, ganhando alguns deles. Mais músicas foram criadas: Burn in Hell, Purgatory’s Justice, White War. E com isto decidiram registar as músicas oficialmente no final de 1997. Posteriormente, mais músicas foram criadas – Killer, War is over, Devil’s Vision – e estas mais progressivas, melódicas, solos mais elaborados. Em 2000, Xambel juntou-se à banda para lugar de vocalista. E assim a banda atingiu um dos pontos mais altos da carreira até à altura. Editaram uma faixa ao álbum de tributo a uma das mais conceituadas e antigas bandas portuguesas de metal, Tarantula. Esta faixa não teve o impacto que esperaram, e assim começaram um projecto paralelo – banda de covers, com o nome Rock ‘n’ Road , interrompendo quase por completo o projecto de originais. Entretanto Xambel sai da banda e anos mais tarde entra Vítor como vocalista, adequando-se muito bem e atribuindo uma dinâmica muito boa. Até 2007 estiveram em vários palcos pelo país, nomeadamente bares e concentrações motard, como banda de covers. Mas nesse ano receberam um incentivo para voltarem aos originais, através de um convite pela Associação de Jovens de Benavente para participarem no Festival Âncora em Maio de 2008, actualmente continuam ea agradar a quem os segue com atenção e a cativar novos públicos.

Visitem: http://www.myspace.com/morbidickheavymetal

http://rocknroad.no.sapo.pt/

O RDPC

Oferta de Emprego

Para reforço da componente técnica do Serviço de Pneumologia, pretende-se recrutar:Técnico de Cardiopneumologia(m/f)O Candidato irá integrar a equipa de Pneumologia da Instituição, tendo como principais responsabilidades o desenvolvimento de actividades ao nível da programação, aplicação de meios de diagnóstico e a sua avaliação. Deverá possuir licenciatura em Cardiopneumologia valorizando-se a realização de estágio na Instituição e experiência profissional na área da Pneumologia (obrigatório).Deverá apresentar um forte espírito de equipa, espírito de iniciativa, elevado nível de relacionamento interpessoal e rapidez na execução de tarefas. Residência na zona de Torres Novas será tida como preferencial.Respostas acompanhadas de C.V. e fotografia recente deverão ser enviadas, com indicação da referência ao anúncio a que se candidatam, por e-mail para: *** , ou por correio para: Av. Xanana Gusmão Apartado 45 2350-754 Torres Novas, A/C: Ana Valentim, Direcção de Recursos Humanos, até ao dia 30-07-2009.Referência: Ref_ 50/2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

ROCK'N'ROAD

Vale a pena um grupo á séria, bem português e ribatejano - Benavente. O melhor que se faz em Portugal.


Parabéns Pedro Lucas e Amigos!



Aproveitem e visitem os seguintes links:


http://www14.brinkster.com/rocknroad/pag1_fr.htm


http://www.myspace.com/morbidickheavymetal

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Estudo garante que os hospitais “tecnológicos” terão menos mortes

O nível de tecnologia implementada pelos hospitais para ajudar médicos e técnicos de saúde a automatizar o seu trabalho poderá significar a diferença entre a vida e a morte, sustenta um estudo recente, baseado num inquérito a mais de 167 mil pacientes de 41 hospitais dos Estados Unidos.De acordo com o estudo, segundo o qual os hospitais tecnologicamente melhor equipados também terão menos custos, "o registo automático de notas e fichas, ordens de entrada e decisões clínicas conduz a menos complicações e problemas, a taxas de mortalidade mais baixas e a custos mais reduzidos". O estudo é da autoria de Ruben Amarasingham, director clínico da Parkland Health & Hospital System e professor assistente de medicina do Southwestern Medical Center da Universidade do Texas.Tendo comparado taxas de mortalidade, complicações médicas, tempos de internamento e custos, o estudo conclui que os hospitais com elevados níveis de automatização de processos conseguiram poupar cerca de 1729 dólares por paciente em procedimentos clínicos como a cirurgia de revascularização do miocárdio.O estudo, que resultou de um trabalho conjunto de várias universidades, entre as quais a Parkland Health & Hospital System e o Southwestern Medical Center da Universidade do Texas, bem como a Johns Hopkins University School of Medicine e a Bloomberg School of Public Health, contabilizou o nível de automatização dos procedimentos médicos recorrendo a um método denominado Clinical Information Technology Assessment Tool, que consiste num sistema baseado em inquéritos que mede o nível de automatização e a facilidade de utilização dos sistemas de informação dos hospitais. O estudo tomou como base quatro patologias comuns – ataques cardíacos, insuficiência cardíaca congestiva, cirurgia de revascularização do miocárdio e pneumonia -, avaliando como a tecnologia foi usada para automatizar o processo de tratamento.O sistema de avaliação mediu, então, o nível de automatização em quatro processos normalmente realizados em papel: notas de observação médicas e registos do paciente; resultados laboratoriais; instruções médicas; e suporte às decisões clínicas. Foi também perguntado aos médicos quão eficazes e fáceis de usar são os sistemas.O nível tecnológico dos sistemas foi classificado através de uma escala de 100 pontos, sendo zero a pontuação mais baixa possível. O estudo concluiu que uma subida de 10 pontos na automatização de notas médicas e registos de pacientes corresponde a um decréscimo de 15% no número de mortes. Os hospitais que contam com esse nível de tecnologia registaram, então, uma taxa de mortalidade de 1.4%, contra os 1.9% registados pelos hospitais com níveis mais reduzidos de automatização. "Estes números sugerem-nos que, para cada mil pacientes, cinco ou menos morrem nos hospitais com as pontuações mais elevadas”, sustenta o documento.O estudo recolheu informações junto de 167 mil pacientes com mais de 50 anos de idade.Outro ponto em análise, a automatização das instruções médicas, foi associado a uma queda de 9% no risco de ataque cardíaco e de 55% na necessidade de cirurgia cardíaca. Mas, enquanto a automatização dos sistemas informáticos desenhados para ajudar médicos e enfermeiros a tomar decisões pareceu conduzir a uma diminuição de 16% nas complicações médicas, já a automatização dos resultados laboratoriais não terá feito grande diferença.Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que espera investir até 50 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos na criação de um sistema nacional de saúde mais automatizado. Este sistema, uma vez em funcionamento, incluirá as tecnologias consideradas neste estudo. Actualmente, entre um quarto e um terço dos 5 mil hospitais norte-americanos usa - ou está em vias de usar – registos médicos computorizados, de acordo com David Brailer, que ocupou o cargo de conselheiro de George W. Bush para as questões da saúde, entre 2004 e 2006. Os sistemas de registos electrónicos (EHR) englobam sistemas de atendimento por ordem de chegada e redes para partilha de dados sobre doentes entre hospitais, médicos e companhias de seguros, bem como ainda sistemas para preenchimento de receitas farmacêuticas.Conduzido entre 1 de Dezembro de 2005 e 30 de Maio de 2006, o estudo baseou-se em inquéritos enviados a cinco médicos seleccionados aleatoriamente de cada um de 72 hospitais gerais, localizados em 10 áreas geograficamente dispersas do Texas, incluindo Abilene, Austin, Dallas, El Paso, Houston, Laredo, Lubbock, McAllen, San Angelo e San Antonio. Foram obtidas respostas de 41 dos 72 hospitais.

Constituição do Grupo de Reflexão “Governação dos Hospitais” (pdf)

Um estudo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo concluiu que, por cada dez internamentos hospitalares, há um em que surgem erros médicos danosos para os doentes.O documento, intitulado ‘Governação dos Hospitais’,(Adalberto Campos Fernandes, Ana Escoval, António Vaz Carneiro, Armando Alcobia, Artur Vaz, Constantino Sakellarides, Fernando Leal da Costa, Henrique Martins, João Guerra, João Lobo Antunes, José Fragata, José Vítor Malheiros, Luís Campos, Manuel de Brito, Manuel Delgado, Miguel Fausto da Costa, Paolo Casella, Paula Santana, Paula Lobato Faria, Pedro Pita Barros, Rui Dinis, Rui Vitorino, Victor Ramos) lembra que « a segurança dos doentes deve ser encarada como uma componente fundamental da qualidade na prestação de cuidados de saúde, sendo a boa gestão do risco clínico crucial para a promoção dessa segurança».Por isso é proposta a criação de «uma estrutura e uma estratégia explícita de gestão do risco clínico», já que, actualmente, «por cada 100 internamentos hospitalares», dez complicam-se «por um qualquer erro, com dano para os doentes».O objectivo é registar e analisar a incidência e o tipo de erros cometidos, de forma a «aprender com os erros cometidos, limitar as suas consequências nefastas e (...) lidar com os doentes e as famílias lesadas» da melhor maneira.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Retratos da Vida de um Médico-Os Dias e os Trabalhos do Prof. Dr. Manuel Eugénio Machado Macedo

Sinopse:
Os dias e os trabalhos de Manuel Eugénio Machado Macedo, coligidos por João Amaral e ilustrados por muitas dezenas de fotografias, constituem o objecto desta fotobiografia, que textos de Marcelo Rebelo de Sousa e João Lobo Antunes enriquecem.Ao longo de mais de 150 páginas, expõe-se em palavras e imagens a vida daquele que foi um dos médicos mais respeitados e influentes do Portugal contemporâneo. Uma vida iniciada em Ponta Delgada e terminada em Lisboa, que foi quase inteiramente consagrada à cirurgia cardíaca – domínio onde Machado Macedo se notabilizou, sendo o único médico português que dirigiu os serviços de cirurgia cardíaca nos três grandes hospitais de Lisboa: Santa Marta, São José e Santa Maria. O livro evoca igualmente o papel decisivo de Machado Macedo na organização, funcionamento e desenvolvimento do Hospital de Santa Cruz. E dá a merecida atenção ao período em que ele presidiu à Ordem dos Médicos, de que foi bastonário entre 1987 e 1992.Os Retratos da vida de um médico contemplam ainda a intervenção cultural de Machado Macedo, como presidente do Círculo de Cultura Musical, primeiro, e da Fundação de São Carlos, depois – para além de darem a conhecer alguns aspectos mais íntimos e menos conhecidos de uma vida intensamente vivida nos quatro cantos do mundo.

Retirada da Providência da Mota-Engil ao Hospital de Todos os Santos

A Mota-Engil retirou a providência cautelar com que impugnou o concurso para a construção do novo Hospital de Todos os Santos, em Lisboa, em regime de parceria público-privada, revela o presidente do grupo.
"Achamos que era uma estratégia melhor para nós, podia implicar que a situação se complicasse. Por isso, em conjunto com os nossos advogados decidimos retirar a queixa", informa Jorge Coelho, à margem de um almoço em Lisboa organizado pelo American Club. Em Março a Mota-Engil contestou em tribunal a exclusão do consórcio que integrava na fase de pré-qualificação, que deu origem a uma short-list de concorrentes, na qual figurava a Teixeira Duarte. No consórcio da Mota-Engil entrava ainda a Soares da Costa/MSF e a Somague. Na altura o jornal Expresso noticiou que a empresa dirigida por Jorge Coelho também iria impugnar o concurso para o Hospital Central do Algarve, para o qual tinha entrado em parceria com a Ferrovial. Jorge Coelho explica hoje que o grupo nunca avançou para a impugnação do concurso do hospital algarvio. "Não tínhamos feito queixa nenhuma", disse apenas. Questionado sobre se o grupo retirou a queixa por ter em vista concursos no futuro para a construção de novos hospitais em regime de PPP, Jorge Coelho responde que "achámos internamente que era a melhor solução". Recordou porém que, por enquanto, "não há nenhum novo concurso. Quando vierem logo veremos", sublinhou. Dias depois de terem sido noticiadas as providências cautelares o Ministério da Saúde confirmou que tinham sido interpostas, mas garantiu que essa acção não teria efeitos suspensivos. A tutela esclareceu na altura que a impugnação apresentada pela Mota-Engil não implicaria o adiamento do concurso por não ter efeitos suspensivos, continuando assim todo o processo como antes. O hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa, foi o primeiro concurso a ser lançado apenas para a parte da construção, e sem a componente da gestão clínica. A decisão de retirar a vertente da gestão clínica dos concursos públicos do programa das parcerias público-privadas foi anunciada pelo primeiro-ministro, num debate no Parlamento, a 19 de Maio de 2008. Na altura José Sócrates argumentou que a gestão devia ficar reservada para o Serviço Nacional de Saúde, deixando para os privados apenas a parte da construção.

Diário Digital / Lusa