segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Estudo inédito sobre fibrilhação auricular em Oliveira do Hospital

Oliveira do Hospital é um dos municípios seleccionados para a realização de um estudo inédito à fibrilhação auricular. É já a partir de amanhã – numa iniciativa que se prolonga até ao dia 23 de Agosto –, que os habitantes de Oliveira do Hospital começarão a ser visitados, em suas casas – de forma aleatória –, por uma equipa de técnicos de saúde, no âmbito do primeiro estudo epidemiológico que percorrerá Portugal para avaliar a incidência da fibrilhação auricular – um importante factor de risco para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Assim, entre as 16h00 e as 21h30, um técnico de cardiopneumologia e um enfermeiro deslocar-se-ão aleatoriamente à residência dos cidadãos e pedirão a colaboração da população para se submeter a um electrocardiograma e um inquérito destinado a recolher dados demográficos, sócio-económicos, clínicos e terapêuticos. Os objectivos deste estudo são a avaliação da prevalência da fibrilhação auricular em indivíduos com idade igual ou superior a 40 anos e análise do conhecimento sobre patologias do ritmo cardíaco. A iniciativa, da responsabilidade do Instituto Português do Ritmo Cardíaco (IPRC) e da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) vai abranger um universo de 10 mil portugueses residentes em 70 localidades e será implementada até 31 de Novembro de 2009. O que a distingue das habituais acções de rastreio cardiovasculares e a torna inédita em Portugal, é o facto de serem os Técnicos de Saúde a deslocar-se às habitações da população e a utilização da metodologia de escolha das casas “Random-Route”. Sublinhe-se que a fibrilhação auricular é um distúrbio do ritmo cardíaco, caracterizado pela contracção rápida e descoordenada das câmaras superiores do coração (aurículas) conduzindo a batimentos cardíacos rápidos e irregulares. É frequente, afectando cerca 5 indivíduos em cada 1000, de ambos os sexos, aumentando a sua incidência com a idade. Em Portugal, estima-se que a arritmia cardíaca subvalorizada é responsável por 15 por centos dos AVC.

in Correio da Beira Serra

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